Corroborando com as palavras do nosso hino, a torcida do Palmeiras é, sim, surpreendentemente vibrante. Ainda que a última moda seja dizer que somos nós, os torcedores, os precursores da saída de jogadores renomados do elenco (Vagner Love e Diego Souza), comparecer nos jogos e apoiar tem sido, como sempre foi, nosso lema. Não tememos o poderio adversário, os vacilos da diretoria, o corpo mole de determinados jogadores, os absurdos noticiados pela imprensa, as previsões de um rebaixamento iminente, enfim, nosso único temor é não poder torcer pelo Palmeiras.
Diferentemente de algumas torcidas, campeãs mundiais ou não, não precisamos de vitórias ou títulos para ter o prazer, e por que não dizer o privilégio, de vestir o manto sagrado de Palestra Itália. Há 16 anos sem ganhar o mais importante título do futebol de nossa nação, isto é, o campeonato brasileiro, 11 anos sem ganhar o principal título sul-americano, isto é, a Copa Libertadores, sem possuir, com o reconhecimento da FIFA, um título mundial, e ainda tendo em nossa história um título da série b do campeonato nacional, temos orgulho de vestir essa camisa, que é muito mais do que camisa, é um santuário, pois através dela se deu a consagração de momentos históricos como nos tempos em que ainda chamávamos Palestra Itália, como os da época da Academia, como o ataque de 100 gols...
Não, torcer pro Palmeiras não é uma moleza. Até porque torcer pra time que, hipoteticamente, tudo ganha é muito fácil. Torcer é chorar e sorrir, aliviar e angustiar em favor do time a quem tanto se dedica amor – às vezes raiva, mas nunca ódio. Mas para torcer tem de se ter um motivo. Um bom motivo. E para nós, os alviverdes de Palestra Itália, só um é o motivo que nos faz torcer pelo Palmeiras: o Palmeiras. Não nos importa se vão transmitir os nossos jogos na TV, se teremos exclusividade nas transmissões de rádio ou se estamparemos a primeira página dos jornais; só uma coisa nos é importante: o Palmeiras.
Conscientes de nossa fibra, jamais admitiremos qualquer desrespeito ao nosso Palmeiras. Ninguém tem esse direito. Temos um passado vitorioso, um presente digno de respeito e um futuro promissor. Não somos qualquer time. O mundo nos conhece. Nossa torcida ultrapassa fatores geográficos, não obedece a limites oceânicos e não se reduz a culturas. Estamos espalhados pelo mundo. Quem honra nosso manto em campo tem, sim, nosso apoio, nossa admiração e nosso aplauso; E àqueles que vestem nossa camisa sem o mínimo respeito, dedicamos nossa raiva e fúria porque somos apaixonados - tire de nós essa paixão e não seremos a torcida que canta e vibra.
Como bem disse certo Gladiador - que por nós lutou e que em breve voltará a vestir nossa armadura alviverde -, nós, os torcedores, só queremos a garra que honre o peso de nossa camisa.
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