Palmeiras da minha vida - 96 anos de glória



Uma boa maneira de verificar se as coisas são importantes na vida é pensá-la sem elas. Se o coração apertar, os olhos marejarem, a alma pesar e o ímpeto por viver diminuir, aquilo que se pensou, definitivamente, é importante. É o que sinto quando penso minha vida sem o Palmeiras. 


Embora torcedores adversários digam que sou um fanático palestrino, não me considero fanático. Fanatismo é atitude insana, falta de tolerância e déficit de massa encefálica. Minha relação com a Sociedade Esportiva Palmeiras é mais estreita e inteligente, o que posso resumir em uma frase: literalmente, visto a camisa. 

Todo esse amor vem de berço. Meu pai é palmeirense, mas, curiosamente, meu avô não. É que meu velho teve um padrasto italiano, parmerista de corpo e alma, e como ele viveu um tempo considerável da vida ao lado do Sr. Santino, a paixão alviverde tomou conta do seu coração, até que chegou a mim. Ter um tio (padrinho) palmeirense nato, também contribuiu pra toda essa minha paixão verde.

Nasci no ano de 1987. Ano que compõe a famosa fila palmeirense dos anos 80. Mas, ainda quando criança, tive o prazer de ver os grandes times de 93/94/96, e na adolescência  curti  o time, também vitorioso, de 1999/2000. Vi o meu Palestra vencer jogos de maneira impressionante, perder jogos ganhos, dar e levar goleadas, ganhar e perder títulos importantíssimos para o futebol mundial, fazer ídolos e ser eleito o campeão do século XX.  Perder e ganhar só me fizeram mais apaixonado.

Palmeiras não é qualquer agremiação esportiva, a começar pelo nome, o mais inteligente dentre as agremiações mundiais: Sociedade Esportiva Palmeiras. Nome que reúne em si toda a filosofia do clube, a paixão da torcida e o peso da camisa. Não somente mais um time, mas uma Sociedade em favor do Esporte, preferencialmente o mais encantador: o futebol. 


Palmeiras que resistiu a uma guerra mundial; que voltou maior ainda de uma segunda divisão; que enfrentou filas sem títulos; que deixou escapar títulos considerados ganhos, mas que jamais deixou de ser Palestra Itália.  

Time de grandes nomes do futebol, pois só nós temos o Divino, o Maluco, o Matador, o Santo, o Animal, o Gladiador, o Guerreiro, o Mago e tantos outros. Nossos craques são tão importantes para o futebol nacional que nenhum dos cinco títulos mundiais da Seleção Canarinho foi conquistado sem a presença de pelo menos um jogador de Palestra Itália. 


Palmeiras que me deu amigos e me proporcionou emoções inesquecíveis; fogo que arde no meu peito, paixão que consome a minha alma. Grito, xingo, pulo e vibro por você. Parabéns pelos 96 anos de história. Te amo, Palestra Itália da minha vida!



3 comentários:

Flavio Barboni disse...

Ser palestrino não é somente apoiar o time e vibrar pelas suas vitórias.

Ser palmeirense é viver e fazer parte do sonho de quatro italianos que, ao seu tempo, representavam os desejos de construir a história de um país que estava praticamente "nascendo".

Parabéns ao nosso Palestra Itália, parabéns ao futebol brasileiro por contar com um time de tamanha grandeza em seus campos!

Dark Howard disse...

Will, esse seu texto foi magnífico. Uma pena o Palmeiras não correspondeu no dia do aniversário e deu vexame.
Mas, agora firme e forte na Sulamericana.

Anônimo disse...

Nossa, q parmerense bobo...credo, ser Guarani da Capital, nao é nada...Deus, que é Fiel...me livre disso.

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